Gatinho Acústico: O Mais Bizarro Experimento de Espionagem da CIA

Na década de 1960, durante a Guerra Fria, os americanos estavam desesperados para estar a frente dos soviéticos. Assim sendo, inspirado pela necessidade, algum agente espertalhão teve a brilhante ideia de implantar dispositivos de gravação em um gato. A intenção era clara: espionagem. O gato espião seria treinado para entrar na embaixada soviética e secretamente gravar conversas dos inimigos.

O nome dado a operação foi Acoustic Kitty (Gatinho Acústico).

Gato espião?

Gatinho Acústico: O Mais Bizarro Experimento de Espionagem da CIA
Fonte: pixabay

Obviamente, existe uma razão para esta ideia soar tão absurda: é porque ela realmente é. A missão terminou de uma maneira bastante ridícula, jogando pelo ralo milhões de dólares que haviam sido investidos no experimento. A princípio, os autores do projeto esperavam tirar proveito da curiosidade felina. Entretanto, no final a curiosidade matou o gato, literalmente.

Gatinho Acústico

O experimento realizado foi cruel. Primeiramente, a maneira encontrada para conectar-se com o gato não foi nada legal, e bastante invasiva. Uma bateria foi implantada no abdômen do animal. Em seguida, um fio foi implantado ao longo da espinha, para servir de antena. Para finalizar, um dispositivo de gravação foi implantado na orelha. O gato fora treinado, e seguiria a comandos dos agentes.

Para testar seu experimento, a CIA enviou o gato em uma missão de treinamento, e supostamente tiveram alguns pequenos sucessos. Porém, eles notaram que o gato se afastava do alvo quando sentia fome ou se interessava por outra coisa. Então, foram implantados mais alguns dispositivos no interior do gato, na tentativa de suprimir seus impulsos e mantê-lo focado, criando um verdadeiro gatinho ciborgue.

A curiosidade matou o gato

Gatinho Acústico: O Mais Bizarro Experimento de Espionagem da CIA
Os agentes deixaram o gato sair da bolsa do outro lado da rua da embaixada-alvo, esperando que ele encontrasse o caminho para dentro. Fonte: pixabay

Depois desta segunda intervenção, ele foi novamente levado a embaixada russa. Os agentes o soltaram do outro lado da rua, para que ele cruzasse até a embaixada e entrasse por conta própria. Eles deixaram o gato sair da bolsa do outro lado da rua da embaixada-alvo, esperando que ele encontrasse o caminho para dentro.

O gato não conseguiu terminar de atravessar a rua. Ele foi atingido por um taxi. O investimento de 20 milhões de dólares da CIA – que equivale a quase 160 milhões de dólares nos dias de hoje – estava completamente destruído.

A CIA acabou abandonando o programa, ao reconhecer que ele era inviável. Eles constataram que treinar um gato para uma missão era possível, porém nada prático em situações externas. Obviamente, o programa foi realmente uma ideia absurda e bizarra, e sem falar na crueldade de implantar dispositivos em um animal, e esperar que ele ainda concluísse uma missão. Mesmo que o gato não tivesse sido atropelado, ele certamente morreria por complicações devido aos procedimentos cirúrgicos tão invasivos.

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